Olhares do Território

André de Souza Nunes é fotógrafo, documentarista e videomaker. Criado às margens do Rio Pompeba, em um território onde natureza e desigualdade se entrelaçam, encontrou na imagem uma forma de refletir e dialogar com o mundo ao redor. Seu trabalho percorre temas sociais e ambientais, atravessando periferias, manguezais, praias e estradas. Formado em Cinema e Audiovisual, atua desde 2015 com projetos que unem arte, educação e território, sempre partindo do olhar de quem vive às margens para reconstruir o centro das narrativas.

Buscapé, 25 anos, é morador do Morro da Penha, em Santos-SP. Iniciou sua trajetória no audiovisual como videomaker de skate, registrando as manobras e vivências ao lado dos amigos. Com o tempo, passou a produzir curtas-metragens e descobriu na fotografia uma nova paixão, atuando inicialmente como fotógrafo de eventos. Durante cinco anos, trabalhou como ajudante de pedreiro para a prefeitura da cidade por meio de uma empresa terceirizada. Foi nesse período que, ao registrar o cotidiano do trabalho com sua câmera cybershot, chamou a atenção de pessoas da própria prefeitura. A partir disso, recebeu o convite para atuar como gerente das redes sociais da Prefeitura Regional dos Morros, função que exerce atualmente.

Madu Barbosa (25) é fotógrafa, cineasta e educadora. É estudante de Pedagogia pela Universidade Católica de Santos e formada em cinema e audiovisual pelo Instituto Querô (Santos/SP). Oriunda da Área Continental de São Vicente, sempre buscou registrar os territórios da Baixada Santista através do seu olhar, lutando pela preservação da memória. Trabalhou como arte-educadora nos projetos Querô na Escola e Querô Comunidade, ministrando oficinas de audiovisual para jovens de escolas públicas e comunidades periféricas da Baixada Santista. Atuou, também, como comunicadora comunitária no Instituto Camará Calunga, promovendo o direito à comunicação entre os participantes dos grupos de convivência dos territórios de São Vicente por meio de fotografias, vídeos e acesso à internet. Atualmente integra o coletivo periférico de artes visuais Olhar Marginal contribuindo na parte técnica, criativa e de pesquisa. Junto ao coletivo Olhar Marginal produziu os curtas metragens Neurótico e Consciente e Pra Gente Não Esquecer.

Maria Lisboa, 32 anos, nasceu em Belém do Pará e mora há mais de vinte anos na Zona Noroeste de Santos. Atua nesse território como arteeducadora em equipamentos de assistência social e em projetos sociais sem fins lucrativos. Em seu trabalho, utiliza as artes do corpo e a fotografia como principais ferramentas, com produções sempre articuladas ao território e às demandas da população local.

Mariana Menezes, conhecida como Marocas, é fotógrafa e artista nascida no Quarentenário, periferia de São Vicente. Com olhar atento às narrativas do cotidiano, transforma memórias, vivências e ancestralidade em linguagem visual. Integra o coletivo Olhar Marginal, atuando entre arte, território e educação. Sua produção valoriza as culturas periféricas e afirma a arte como instrumento de escuta, espelho e transformação.

Vinnyer Souza é Fotógrafo, produtor cultural e arte-educador, atua desde 2018 explorando a fotografia como ferramenta de expressão e transformação social. Com passagens por eventos, ONGs e comunidades, desenvolveu projetos como "Santos Invisíveis", que revela o lado oculto da cidade de Santos. Em 2023 e 2024, mergulhou no universo cênico, registrando peças teatrais e espetáculos culturais. Formado em Produção Cultural, une olhar artístico e sensibilidade social em cada projeto.